Arquitetura do acolhimento – Memorial Parque das Cerejeiras

Através da Arquitetura do acolhimento, o Memorial Parque das Cerejeiras foi planejado para receber famílias e oferecer conforto às pessoas em um momento de tristeza. Queremos oferecer um local especial, um espaço que transmita tranquilidade aos visitantes e aos enlutados no momento de despedida. 

Por isso, valorizamos o cuidado com a arquitetura, que está em toda parte. Nosso projeto arquitetônico tem o objetivo de transformar o espaço em um ambiente belo e acolhedor, propício para a reflexão e para eternizar a memória de quem amamos. 

Com projeto assinado pela arquiteta Crisa Santos, o Parque das Cerejeiras converteu-se em um memorial sem igual – referência para outros cemitérios no Brasil e no mundo. O endereço de 305 mil metros quadrados ganhou edificações de traços orgânicos, abraçados pela natureza – a fim de reconectar o ser humano com suas sensações mais instintivas, buscando atenuar a dor do luto.

Na base do diálogo entre arquitetura, paisagismo e natureza está a vocação do Parque das Cerejeiras como parque de preservação ambiental, parte de nosso compromisso com a Sustentabilidade e Meio Ambiente. Um dos poucos ambientes de proteção ambiental na região, com 90% de seu espaço em áreas verdes e 50% em áreas de conservação florestal, o Parque das Cerejeiras atrai visitantes e residentes do entorno para contemplação e caminhadas por trilhas.

Neuroarquitetura

O Parque das Cerejeiras é uma galeria a céu aberto, com esculturas, obras de arte e instalações criadas exclusivamente para o local. O projeto de arquitetura do Parque das Cerejeiras foi baseado no conceito da “neuroarquitetura”, que se utiliza da neurociência para criar projetos que potencializam o impacto do ambiente físico no ser humano. As formas construtivas das edificações, das obras e das instalações procuram evocar a relação com a natureza e o amor pela vida, a “biofilia”.

O Portal

O portal da entrada do Parque das Cerejeiras foi construído em madeira, com estrutura paramétrica que remete ao movimento de um voo para um lugar sagrado. Evoca a transcendência e a liberdade de movimento, como mensagens de acolhimento do visitante.

A Praça da Eternidade

Um dos elementos mais simbólicos do Parque das Cerejeiras, a Praça da Eternidade, tem formato de espiral. Representa a efemeridade da vida, e suas rotas circulares lembram a nossa narrativa cronológica: começa no nascimento, passa por diferentes fases e idades, e acaba no rito de passagem. Em suas paredes metálicas há nomes registrados, que ali ficarão homenageados e eternizados. A praça é um manifesto pela vida, um local de conectividade e afeto que revela o Parque das Cerejeiras como território de reencontros perpétuos.

A Capela

Com estilo contemporâneo e convidativo, a capela ecumênica do Parque das Cerejeiras conta com estrutura em rasgos que permitem a iluminação natural. Na capela, a luz do sol divide espaço com bancos de madeira originais e obras de arte da artista plástica Alessandra Bufe. Ali são realizados velórios, bem como missas, sermões, cerimônias e reuniões com psicólogos para enlutados. Seus traços e as luzes proporcionam uma sensação de paz e aconchego ao visitante. Aberturas nas janelas das paredes de alvenaria lembram a célebre capela de Notre Dame du Haut, em Ronchamp, na França, obra do renomado arquiteto Le Corbusier (1955). Em reconhecimento à sua originalidade e qualidade, o projeto de Crisa Santos para a capela do Parque das Cerejeiras foi premiado na categoria Espaços Públicos da “America Property Awards”.

Orquidário e Velório Jardim

Em um espaço às margens do bosque, a arquiteta Crisa Santos projetou um orquidário com estrutura de madeira que segue o prolongamento das árvores. O velório-jardim, a céu aberto, ostenta cobertura em madeira e bancos de aço assinados pelo designer Sergio Matos distribuídos em seu entorno. O espaço arejado do velório-jardim permite um contato mais direto e integrado com o ambiente externo e com a natureza, convidando à contemplação e à reflexão, e com isso à melhor assimilação do luto.

Mirante

Este espaço contemplativo recebeu bancos de madeira que se curvam em direção à beleza da represa Guarapiranga, tornando o espaço, que já era muito visitado, ainda mais propício para admirar o pôr do sol. Há ainda placas explicativas sobre a represa e seu entorno.

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