Em contato com a natureza: conheça os animais no Parque das Cerejeiras.

A presença de animais no Parque das Cerejeiras representa uma de nossas marcas na busca de maior harmonia e integração com a natureza. Ao lado do nosso projeto de preservação e restauração ambiental e do nosso projeto arquitetônico, com obras e instalações que procuram oferecer acolhimento evocando a relação com a natureza, a chamada “biofilia”, a natureza se faz presente no Parque das Cerejeiras para abraçar e confortar o visitante.

O poder da natureza e os benefícios para superar o luto

Os efeitos no nosso corpo e mente causados pelo contato com a natureza são inegáveis. Um estudo publicado na revista Nature em 2019 revela que somente duas horas por semana de contato com a natureza podem promover um significativo aumento na sensação de bem-estar, melhorar o humor e aliviar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.

No entanto, o avanço das grandes cidades e a redução de áreas verdes afastou nosso cotidiano do contato com a natureza. Hoje, os habitantes das grandes cidades ao mesmo tempo carecem e valorizam muito a possibilidade de contato com a natureza.

Acreditamos que os ambientes naturais nos conectam com nossa essência. Isso porque a natureza nos conecta ao nosso ritmo natural, nos lembra de que tudo nesta vida tem seu tempo e de que o tempo é implacável e cíclico. Afinal, não podemos evitar que a chuva caia, que o dia amanheça e nem que a flor floresça. Esta reflexão nos ajuda no processo do luto e faz com que esse difícil período se torne mais saudável física e mentalmente.

Os animais deixam o ambiente mais leve e nosso corpo responde a isso.

Feche os olhos e imagine aquela famosa cena de filme em um escritório onde profissionais trabalham diariamente negociando ativos no mercado financeiro. Monitores, gráficos, telefones e números por todos os cantos. Pessoas falando alto, discutindo, argumentando… Qual sensação esta cena te proporciona? Seguramente agitação, respiração mais rápida, olhos atentos e estado de alerta.

Agora imagine as cenas que vemos pela TV de imagens sobrevoando a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Aves coloridas nos topos das árvores, barulho de cachoeira, rio e sons da natureza. Sem dúvidas, imaginar esta cena te trouxe muito mais tranquilidade do que a agitação do mercado financeiro. Isso acontece porque nosso corpo responde ao ambiente a que estamos conectados. 

O contato com os animais, a observação da fauna e da flora em um parque, praia ou montanha, equilibra nosso ritmo interno e nos ajuda a refletir, acalmar e organizar os pensamentos. É como se trouxéssemos a paz do ambiente externo para dentro de nós. 

Em momentos de angústia e tristeza extrema como o período de luto, é quase instintivo querer respirar ar puro e contemplar a natureza. Esse “diálogo” com nossas memórias e nossa existência em meio a ambientes naturais com árvores, flores e animais ajuda a elaborar o sofrimento ocasionado pelo luto.

Animais do Parque das Cerejeiras: abelhas, carpas, pavões, galinhas, aves diversas e borboletas!

No Parque das Cerejeiras é possível avistar diversas espécies de animais que ali circulam livremente, sobretudo aves nativas! Conheça um pouco mais sobre nossas iniciativas para incrementar, preservar e proteger a biodiversidade.

Estes são alguns dos moradores que encantam a todos que visitam o parque:

Meliponário Cerejeiras.

As abelhas são muito importantes para a polinização vegetal e a diversidade biológica. Elas são fundamentais para a reprodução das plantas e, consequentemente, não é exagero afirmar que graças a elas é que muitas espécies de animais permanecem vivas.

Realizar um trabalho voltado à proteção das abelhas é um desejo antigo no Cerejeiras, que começou a ser viabilizado no início de 2021 com a instalação do Meliponário Cerejeiras, com espécies de abelhas sem ferrão, nativas da Mata Atlântica. Entendemos que a abelha é um animal de grande importância para a preservação do meio ambiente e é nossa responsabilidade protegê-las e viabilizar sua propagação. Nas diversas caixas de abelhas do nosso meliponário, temos as espécies Jataí, Iraí, Mirim Guaçu, Mandaçaia, entre outras.

Borboletas no Parque.

Sempre buscamos ter canteiros floridos no Parque das Cerejeiras. Involuntariamente, acabamos atraindo muitas borboletas. A presença da borboleta chamou a nossa atenção e em 2018 começamos um projeto de enriquecimento com o plantio de diversas plantas hospedeiras que servem para abrigar os ovos e casulos das lagartas, como o maracujá e a couve, e de plantas com néctar que ajudam a fornecer alimentos para as borboletas como a lantana e o camarão amarelo. 

As borboletas, além da beleza, são insetos muito importantes para manter o equilíbrio da natureza. Assim como as abelhas, elas também têm a capacidade de agir como polinizadoras.

Pavões, galinhas d’angola e carpas

A carpa foi o primeiro animal a ser introduzido no Cerejeiras, 20 anos atrás. São cerca de 30 carpas que habitam o lago junto à Capela e a Praça das Cerejeiras. Elas chamam a atenção pelo tamanho, cor e beleza. O lago conta com 3 quedas d’água, que criam um som calmante em um espaço tranquilo e contemplativo. 

As galinhas d’angola chegaram 5 anos após as carpas. A ideia era trazer um animal que circulasse livremente no Cerejeiras. As galinhas d’angola andam em bandos e têm o seu inconfundível canto “tô-fraco”. Consumidora de insetos, gafanhotos, cigarrinhas das pastagens, lagartas, formigas, cupins e carrapatos, a galinha-d’angola também é considerada importante no controle biológico do meio ambiente. A nossa comunidade de galinhas d’angola se reproduz no próprio cemitério. Como elas vivem em média cerca de 7 anos, todas as 34 galinhas que abrigamos hoje nasceram no próprio Cerejeiras.

Os pavões foram os últimos a chegar, há cerca de 8 anos. Chegaram tímidos, mas pouco tempo depois se mostraram totalmente integrados ao ambiente. Os 5 pavões que hoje vivem no Cerejeiras não têm medo do ser humano e passeiam entre velórios, administração e capela, lado a lado aos visitantes. O pavão macho possui uma cauda extravagante que chega a atingir até dois metros de comprimento e se abre como um leque. Um espetáculo da natureza!

Aves selvagens.

Muitas aves frequentam o Cerejeiras atualmente, mas não foi sempre assim. Ao longo dos anos, os projetos de reflorestamento e de enriquecimento da mata nativa, inclusive para a criação do cinturão verde, foram elaborados para promover um ambiente propício para as diversas espécies de animais que habitam o Parque. Um habitat capaz de acolher e alimentar os animais com uma variedade de árvores frutíferas.

Conforme fomos regenerando e enriquecendo nossas matas, sempre adicionando árvores frutíferas atrativas às aves, elas passaram a adotar o Parque das Cerejeiras como seu espaço. Hoje encontramos no Cerejeiras quero-quero, joão de barro, coruja, tucano, garça, curicaca, jacu, sabiá, maritaca, entre outros. 

Por conta da proximidade com o Parque Ecológico do Guarapiranga, vizinho lindeiro ao Parque das Cerejeiras, contribuímos para a formação de um corredor natural de quase 3 milhões de metros quadrados de área de preservação, que favorece o desenvolvimento da fauna e da flora existentes da região. Somamos uma enorme área verde dentro da cidade de São Paulo, um verdadeiro oásis para a Zona Sul da cidade.

Parque das Cerejeiras: acolhimento, contemplação e contato com a natureza.

O Memorial Parque das Cerejeiras foi planejado para ser muito mais do que um cemitério. Junto com os animais que habitam o Parque das Cerejeiras, são mais de 300 mil metros quadrados, sendo 90% de áreas verdes e 50% de áreas de preservação florestal. 

Construímos ao longo das últimas décadas um espaço dedicado à harmonia, ao acolhimento, à inclusão e, sobretudo, ao respeito à natureza e ao próximo. Temos um sólido Compromisso com a Sustentabilidade e com o Meio Ambiente, pois acreditamos que preservar o meio ambiente é demonstrar respeito pelo nosso planeta e consideração pelas gerações futuras. 

Sabemos também que a preservação do meio ambiente e o enriquecimento da nossa fauna nativa possibilitam um maior conforto ao nosso visitante: um conforto que ampara os enlutados e é fundamental para que a tristeza da perda possa ser transformada em boas lembranças e vivenciada como homenagem aos que partiram.

Venha nos visitar e conhecer nosso espaço e nossas soluções.

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É muito comum associar a consciência da morte como algo único e especial nos seres humanos, não compartilhado pelos animais. Entender a perspectiva de que todos nós somos mortais também está na raiz das religiões humanas. Apesar disso, até hoje a ciência ainda não tem uma resposta consensual para a hipótese de que animais possam ter algum nível de consciência da perspectiva da própria morte.

O luto dos chimpanzés.

Por outro lado, já se pode afirmar que ao menos certas espécies de animais têm consciência da morte de outro indivíduo e são capazes de experimentar o luto. O biólogo holandês Frans de Waal, especialista no comportamento e psicologia dos primatas, nos traz relatos surpreendentes a respeito de como os chimpanzés e os bonobos (espécie mais pacífica de chimpanzés) lidam com a morte de um membro de sua comunidade. Segundo Waal, a reação dos primatas à morte de um companheiro sugere que eles têm dificuldade em aceitar o evento da morte. Mães insistem em carregar seus filhos falecidos, até que o estado do corpo comprove que a situação se tornou absolutamente irreversível. Os primatas testam o corpo inerte, tentam reanimá-lo, e alternam expressões de revolta, frustração e conformismo. Parecem compreender que a transição da vida para a morte é definitiva e irreversível. O biólogo relata que muitas das reações se assemelham às formas com que os seres humanos tratam seus mortos, limpando, cuidando e velando o corpo. Neste ponto os humanos muitas vezes vão além dos primatas, oferecendo objetos para a viagem de transição, baseando-se na crença da continuidade da vida. Apesar da semelhança, não há como provar cientificamente que os primatas ou outros animais possam ter esse tipo de crença em uma vida após a morte. Um exemplo trazido por Waal é o da morte da chimpanzé Pansy, uma fêmea idosa, ocorrida no Parque Blair Drummond, na Escócia. Capturada em vídeo, a cena de sua morte mostra que, nos momentos que antecederam seu falecimento, outros chimpanzés de seu núcleo, observando seu sofrimento, passaram a cuidar de Pansy de forma carinhosa e afetiva. A filha de Pansy permaneceu junto dela em vigília durante a noite. Os vídeos também mostraram que os chimpanzés tocavam e testavam o corpo de Pansy, em busca de sinais de vida e de respiração no momento da morte.

O luto dos elefantes.

Os elefantes cumprem rituais após a morte de um companheiro, indicando compreensão de que a morte é definitiva. Eles coletam ossos e as presas de marfim de um indivíduo morto de sua manada, segurando pela tromba e circulando esses fragmentos para os demais membros do grupo, numa espécie de cerimônia fúnebre. Alguns elefantes retornam ocasionalmente, durante anos, para o local do falecimento de um familiar, para tocar e inspecionar os resquícios do corpo. Essas atitudes nos conduzem a indagar: será que alguns animais são capazes de sentir saudades do familiar falecido? Lembram-se dele em vida? Ainda que não haja uma resposta satisfatória para essas perguntas, hoje em dia os etólogos (cientistas que estudam o comportamento dos animais) aceitam que os seres humanos não são os únicos seres capazes de entender, temer e se mostrarem fascinados pela ideia da morte.

Consciência da própria morte no processo de luto dos animais.

Uma coisa é ter consciência da morte dos outros, outra bem diferente é a possibilidade de ter consciência da própria morte. Será que a compreensão da morte demonstrada por algumas espécies de primatas e paquidermes se estende à consciência da perspectiva da própria mortalidade? Para ilustrar este ponto, Frans de Waal nos conta a história de um jovem chimpanzé macho, chamado Reo, registrada no Instituto de Pesquisas sobre Primatas da Universidade de Kyoto, do Japão. Rheo estava no auge de sua vida, quando ficou paralisado do pescoço para baixo por conta de uma mielite (inflamação na medula). O chimpanzé emagreceu e ficou bastante debilitado. Apesar disso, seu comportamento permaneceu inalterado: continuava com as brincadeiras de sempre e o mesmo espírito gozador que tinha antes da paralisia. Ele parecia não se preocupar com o próprio futuro, apesar da gravidade da situação. Essa indiferença foi associada pelos observadores a uma possível ausência de compreensão da perspectiva da mortalidade. Ocorre que, sendo Rheo um jovem adulto, esse comportamento também pode ser associado à não-aceitação da própria morte, reação mais comum nos jovens do que nos mais velhos também nos seres humanos. Por isso, a história de Rheo tampouco é capaz de descartar a possibilidade de entendimento da finitude. Certamente a continuidade das pesquisas científicas da etologia, em instituições como como o Instituto de Pesquisas sobre Primatas da Universidade de Kyoto, ou o Centro Nacional de Pesquisas com Primatas Yerkes da Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, nos ajudarão a compreender cada vez mais como se dá a compreensão da morte pelos animais, em especial pelos primatas.

Suporte ao enlutado no Parque das Cerejeiras.

Entender cientificamente as nuances do luto, estudar as pesquisas realizadas e compreender melhor como a perda de um ente querido afeta nossas vidas é muito importante para prestarmos o devido suporte ao enlutado, um dos nossos principais pilares. Nós do Memorial Parque das Cerejeiras buscamos continuamente informações e contamos com profissionais qualificados para oferecer os melhores serviços e amparar as famílias neste momento tão difícil. Sabemos que o processo de elaboração da perda pode ser complexo e doloroso. Por isso, estruturamos programas para, de forma gratuita, prover atenção profissional e disponibilizar informação qualificada para o processo de compreensão e aceitação da transição pessoal que representa o luto. Oferecemos palestras com profissionais da psicologia especializados em luto. Por meio de grupos de apoio ao enlutado, auxiliamos na abertura para a discussão coletiva e para a compreensão do significado da perda. Para conhecer nossas soluções, clique aqui." ["post_title"]=> string(71) "O Luto dos animais – Será que os animais têm consciência da morte?" ["post_excerpt"]=> string(0) "" ["post_status"]=> string(7) "publish" ["comment_status"]=> string(4) "open" ["ping_status"]=> string(4) "open" ["post_password"]=> string(0) "" ["post_name"]=> string(63) "o-luto-dos-animais-sera-que-os-animais-tem-consciencia-da-morte" ["to_ping"]=> string(0) "" ["pinged"]=> string(0) "" ["post_modified"]=> string(19) "2024-06-27 10:31:47" ["post_modified_gmt"]=> string(19) "2024-06-27 13:31:47" ["post_content_filtered"]=> string(0) "" ["post_parent"]=> int(0) ["guid"]=> string(43) "https://cerejeiras.com.br/sitenovo/?p=15721" ["menu_order"]=> int(0) ["post_type"]=> string(4) "post" ["post_mime_type"]=> string(0) "" ["comment_count"]=> string(1) "0" ["filter"]=> string(3) "raw" }

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