
Receber a notícia da morte de alguém não é fácil, seja de alguém próximo ou distante do nosso convívio. Além da triste notícia que nos abala, muitas vezes surgem dúvidas sobre como se comportar em um velório ou funeral, como se vestir, se é necessário levar flores, o que dizer e o que é melhor evitar falar.
Como devo me comportar em um velório?
Geralmente os velórios são ambientes silenciosos para respeitar o momento da cerimônia em si. Sendo assim, é importante então tomar alguns cuidados:
- Manter o celular desligado ou no modo silencioso.
- Manter o tom de voz baixo durante as conversas.
- Vestir roupas discretas e com cores neutras.
- Ao levar crianças, tomar conta para evitar correria e muito barulho.
- Jamais tire fotos durante o velório.
- Assine o livro de presença, se houver.
- Ao chegar, fique em silêncio por um minuto em frente ao caixão — essa atitude será vista como demonstração de respeito ao falecido.
Posso levar crianças ao velório e funeral?
As crianças podem ir ao velório, mas devem ser consultadas a respeito disso. Devemos lembrar que elas não sabem ao certo o que acontece num velório e, por isso, é preciso que o adulto esclareça sobre o que poderá ocorrer nesse lugar. É importante dizer, com palavras simples, que o corpo da pessoa que morreu fica numa caixa especial, por um tempo, para que as pessoas possam vê-lo, mais uma vez, antes de ser enterrado. Também é importante avisar que haverá gente chorando, pois estão tristes com o fato. Outra sugestão é mencionar que a pessoa que morreu não sente mais dor, frio ou qualquer desconforto. Após a explicação, pergunte se ela deseja ir ao velório, e só a leve em caso afirmativo; não a obrigue a ir em hipótese alguma, mas também não lhe negue o direito de participar do ritual.
O que dizer ao chegar no velório?
Expressar os sentimentos ou condolências é a forma de confortar as pessoas próximas ao falecido neste momento tão sensível. Não é preciso falar muito. Às vezes, só sua presença já é reconfortante, mas uma mensagem curta como “Sinto muito”, “Meus pêsames” ou “Lamento pela sua perda” será bem recebida. E se ainda assim faltar palavras, um abraço é uma ótima forma de se expressar.
Caso queira mais detalhes sobre como expressar pêsames ou condolências, consulte nosso artigo “Maneiras de enviar condolências após a morte de entes queridos”.
A melhor forma de escolher o que dizer e como agir é se colocar no lugar da família enlutada e pensar o que você gostaria de escutar e como gostaria que as pessoas ao seu redor agissem. Se você já perdeu um ente querido e passou por uma situação de luto familiar, fica mais fácil compreender. No entanto, tenha em mente que cada pessoa é única em sua forma de responder às diversas dificuldades da vida e lida com os sentimentos de maneira também muito particular. Respeite sempre o tempo, a vontade e o espaço de cada um ao ajudar uma família em luto, mas saiba que seu apoio é muito importante neste momento.
O que não devo dizer à família enlutada durante o velório?
Evite dizer aos familiares do falecido que “você sabe o que eles estão sentindo” ou que o falecido “agora está descansando”. Este é um momento sensível e os enlutados estão passando por um turbilhão de emoções. Outros assuntos que não devem ser abordados neste momento são: “como você está?”, “o tempo cura a dor”, “todos passam por isso” e “não se sinta mal”.
Evite estas expressões:
- “Você ainda pode se casar de novo”
- “Ele(a) descansou”
- “Deus sabe sempre o que faz”
- “Me disseram que ele(a) morreu de maneira trágica, como foi?”
- “Não sei se serve de consolo, mas o meu caso foi bem pior que o seu, porque…”
- “Pare de chorar, ele(a) não fica feliz com isto de lá onde ele(a) está”
Como prestar homenagem durante o velório?
A presença no velório já é uma importante forma de homenagem. E para expressar a lembrança e o carinho é comum, por exemplo, enviar uma coroa de flores ou levar flores. E há outras formas de homenagear como deixar uma mensagem em um livro de condolências ou em sites de homenagens, entre outros. Além de poder se despedir da pessoa que morreu, o comparecimento ao velório é uma forma de amparar a família, demonstrar solidariedade e apoio.
Como auxiliar uma família em luto?
Pessoas em luto precisam de ajuda não só no momento do velório e sepultamento. Depois do primeiro mês após a morte, as pessoas em luto costumam se sentir mais sozinhas porque os amigos e parentes voltam para suas vidas e seus afazeres. Se quiser ajudar, mantenha contato, demonstre disponibilidade, se ofereça e sempre pergunte o que a pessoa está precisando. Ofereça ajuda com ações do dia a dia da pessoa, telefone para conversar, para saber como ela está, se ofereça mais para ouvir do que para falar. Ao contrário do que parece, falar sobre o que está sentindo, sobre a pessoa que faleceu, sobre a saudade que sente, faz bem para o processo de luto. Caso a pessoa não queira conversar, não force, tenha paciência.
Para saber mais sobre este tema, consulte nosso blog “Família em Luto, saiba como ajudar”.
Observe e leve em consideração as diferenças culturais e religiosas.
O Brasil é um país multicultural e com muitas religiões diferentes. Ao chegar a um velório é importante seguir as tradições e os costumes da família, mesmo que você não pratique determinada religião. Não é necessário fazer algo que vá contra seus valores, mas é importante demonstrar respeito ao falecido e sua família.
As principais religiões do Brasil possuem algumas particularidades. Procure sempre saber como será o ritual antes de ir.
Cristãos evangélicos:
As famílias cristãs evangélicas não se apegam a simbologias, focando no suporte à família enlutada e na união dos membros da igreja e amigos.
Cristãos católicos:
Os católicos utilizam mais símbolos e ornamentos como castiçais, cruz, terços, velas e coroas de flores para homenagear o falecido e professarem sua fé nos santos.
Judeus:
A cerimônia judaica costuma ser curta e enaltece as qualidades do falecido. Durante o ritual as mulheres cobrem suas cabeças com lenço e os homens usam o quipá.
Muçulmanos:
Para os muçulmanos não há velório e vestir-se de preto não é necessário. O corpo do ente querido é exibido publicamente para a despedida.
Budismo japonês:
Com música, fotografia e melhores vestimentas, as despedidas budistas são sinônimo de festa com direito a banquete para os convidados.
O turismo em cemitérios, também conhecido como turismo funerário ou necroturismo, não é tão popular como os demais estilos de passeios, mas a atividade vem crescendo impulsionada principalmente pelos interessados em História, arte, arquitetura e cultura em geral.
Mas não é só dos
A cidade que mais se destaca no necroturismo é Paris, expoente quando o assunto é arte, história e cultura. O
Localizado no nobre bairro de mesmo nome, Recoleta, o destaque desse cemitério são os jardins que o cercam, muito frequentados por turistas e moradores da região.
Suas lápides e tumbas luxuosas são marcadas por uma arquitetura neoclássica. O
Neste cemitério, mais de 200.000 tumbas estão espalhadas por uma floresta de cedros cobertos de musgo, rodeada de lendas. Você pode visitar por conta própria, mas também estão disponíveis visitas guiadas, tanto de dia como de noite. Se você for sozinho e à noite, esteja preparado para uma experiência única. Há também o mausoléu de Kobo Daishi, um famoso monge budista, poeta, artista e criador da escola de Budismo Shingon. O lugar é também um lugar popular para a meditação.
Os túmulos brancos deste cemitério equatoriano contrastam com o verde profundo dos arbustos moldados que os cercam e os protegem do vento. Desde 1936, inúmeras figuras de animais, deuses incas e maias e figuras egípcias, gregas e romanas surgiram das tesouras do hábil jardineiro Azael Franco.
A arte colorida do cemitério de Sapanta é surpreendente e, por esta razão, tornou-se uma das mais peculiares do mundo. Nas lápides do falecido, além do nome e da data da morte, há também um epitáfio e um desenho recontando algum evento característico de suas vidas, uma ideia que veio de um artesão local após a Segunda Guerra Mundial e que agora se tornou uma tradição. É chamado de cemitério alegre porque as mensagens transmitidas por seus epitáfios estão cheias de ironia e humor. É um lugar para entender a morte de uma maneira diferente e é aconselhável visitar com um guia local.
Em 1898, as autoridades francesas aprovaram uma nova lei que autorizava o enterro dos corpos de animais de estimação falecidos. Foi aí que o Cimetière des Chiens (Cemitério dos Cães) foi criado. Esta iniciativa, liderada pela jornalista Marguerite Durand, foi um sucesso e agora contém os túmulos de dezenas de milhares de animais: cães e gatos, mas também galinhas, macacos, porcos, cavalos etc. Alguns dos animais de estimação falecidos, além de terem uma história de amor profunda, também são famosos, como o cão Rin Tin Tin ou o gato de Alexandre Dumas.
Este cemitério não é nem um grande cemitério nem um cemitério de gente famosa, mas seus caixões suspensos chamam a atenção de qualquer um. Não procure sepulturas a dois metros de profundidade, mas caixões de madeira ancorados ao lado de um penhasco de montanha em diferentes alturas. Este costume começou com o desejo de manter os corpos fora do alcance dos animais, mas hoje se tornou uma tradição.
O nome do cemitério significa “Vale da Paz” e está localizado na cidade de Najaf, no Iraque. O terreno mede cerca de 10 quilômetros quadrados e abriga mais de 8 milhões de corpos. Acredita-se que o primeiro imã Ali ibin Abi Talibe, primo e genro do profeta Maomé, foi sepultado neste terreno por volta do ano 661 d.C. Por isso, é considerado um local sagrado pelos muçulmanos xiitas. Em função disso e da crença de que Ali tem o poder de interceder pelos falecidos, há séculos os muçulmanos xiitas da região do Irã, Iraque, Paquistão, Índia e de outros países são encorajados a enterrarem seus entes queridos lá."
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