Terapias alternativas para lidar com o luto.

Lidar com o luto é uma das situações mais difíceis pelas quais passamos, porque, obrigatoriamente, temos que encarar a dor de perder alguém. Não é à toa que às vezes o primeiro estágio do luto é justamente o da negação, tamanha dificuldade de aceitar a morte e o vazio emocional que ela pode acarretar. Por isso, é importante encontrar formas e atalhos que ajudem a lidar com o luto. As terapias alternativas para lidar com o luto podem ser um bom caminho. Elas são bastante diversas e você pode adotar aquela com que mais se identificar.

Já pensou em usar plantas e flores como terapias alternativas para ajudar no momento de luto?

Os florais são terapias alternativas para o luto que utilizam extratos de plantas e flores para ajudar na regulação emocional. Um aspecto positivo é que eles não possuem contraindicação e podem ser utilizados em qualquer idade. É possível encontrar os florais em farmácias de manipulação, seja com fórmulas prontas ou manipuladas.

Há florais para os mais diversos sentimentos: tristeza, raiva, solidão, angústia, medo, impaciência e ansiedade, todos bem comuns em momentos de luto. Sendo assim, a escolha deve se basear naquela emoção que está mais latente e difícil de controlar. Um exemplo de floral bastante usado é o chamado “Star of Bethlehem”, indicado para situações emergenciais e de grandes traumas por proporcionar sensação de alívio.

Você conhece a naturopatia e como ela é uma terapia alternativa para lidar com o luto?

Uma terapia alternativa para o luto é a naturopatia, cujo olhar para o ser humano e sua saúde engloba a integração entre corpo, mente e espírito. Com essa abordagem integralista, o intuito é remover os obstáculos que impedem que a pessoa tenha bem-estar. Um exemplo de barreira é a negatividade, sintoma comum em alguém que esteja passando pelo luto.

O profissional de naturopatia avaliará o seu paciente com o objetivo de compreender como o seu corpo funciona, por isso é uma terapia de caráter individual. Aliada à medicina moderna, as técnicas utilizadas são consideradas não invasivas, como acupuntura, massagens, hábitos alimentares saudáveis, exercícios físicos, entre outras. Dessa forma, a naturopatia, além de ser uma terapia alternativa para o luto, é uma forma de prevenir diversas doenças, como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares.

Acalme a mente e os sentimentos de luto com meditação

Os benefícios da meditação têm sido alvos de pesquisa há alguns anos e estão cada vez mais comprovados. Alguns deles são: redução do estresse e sentimentos negativos, como a raiva, melhora da autoestima, aumento da sensação de bem-estar, diminuição da ansiedade, estabilização da pressão sanguínea, entre diversos outros.

Por isso, a meditação também pode ser vista como uma terapia alternativa para lidar com o luto. Engana-se quem pensa que precisa passar muito tempo meditando. O indicado é começar a prática com poucos minutos diários e ir aumentando gradativamente, conforme for se sentindo confortável. Ela pode ser feita em silêncio, com sons da natureza e até de forma guiada. Atualmente, há diversos canais no Youtube dedicados a práticas de meditação guiada, assim como aplicativos gratuitos. 

A meditação pode ser feita em qualquer lugar: em casa, no trabalho, em viagens e onde mais quiser. Basta fechar os olhos, iniciar o processo com algumas inspirações profundas e manter o foco na respiração, inalando e exalando pelo nariz.

Musicoterapia é terapia eficiente para lidar com o luto.

A música faz parte do dia a dia das pessoas. Que tal usá-la como tratamento em um momento difícil? A musicoterapia é uma técnica que une expressão artística e saúde para promover bem-estar. A explicação para isso é dada pela ciência: a música é capaz de ativar diversas áreas do cérebro ligadas às emoções, sendo capaz de mudar o nosso humor e nossa sensibilidade. É por essa razão que a musicoterapia é indicada como terapia alternativa para as pessoas que estejam com dificuldade de superar o luto. 

As sessões de musicoterapia podem ser feitas de forma individual ou em grupo, ajudando na formação de novas amizades e na retomada de uma vida social ativa, o que pode ser bastante importante num período de luto, no qual a tendência é a pessoa querer se isolar. Além disso, a prática estimula o corpo a liberar emoções, sendo uma técnica eficiente para quem tem dificuldade de se expressar por meio de palavras ou dizer o que sente.

Conheça a hipnoterapia e como ela ajuda com o luto.

A hipnoterapia é uma técnica bastante antiga, utilizada até por Freud, o pai da psicanálise, em seu início de carreira. Na verdade, ela é até mais antiga, tendo registros desse tipo de prática desde o Antigo Egito.

O objetivo da hipnoterapia é auxiliar o paciente a conseguir ressignificar e liberar emoções que ficaram reprimidas, algo bem comum a quem está passando por um período de luto, principalmente em relação à raiva e à sensação de desamparo. Além disso, a hipnoterapia ajuda a desfazer crenças limitantes, ou seja, aspectos que acreditamos como verdadeiros sobre nós mesmos e que podem limitar nossas ações. Em uma situação de luto, as crenças limitantes podem ser, por exemplo, acreditar que nunca mais será feliz sem a presença daquela pessoa que partiu. 

Ao buscar a hipnoterapia como terapia alternativa para lidar com o luto, é importante procurar um profissional qualificado e habilitado para aplicar a técnica.

Conheça a hipnoterapia e como ela ajuda com o luto.

A hipnoterapia é uma técnica bastante antiga, utilizada até por Freud, o pai da psicanálise, em seu início de carreira. Na verdade, ela é até mais antiga, tendo registros desse tipo de prática desde o Antigo Egito.

O objetivo da hipnoterapia é auxiliar o paciente a conseguir ressignificar e liberar emoções que ficaram reprimidas, algo bem comum a quem está passando por um período de luto, principalmente em relação à raiva e à sensação de desamparo. Além disso, a hipnoterapia ajuda a desfazer crenças limitantes, ou seja, aspectos que acreditamos como verdadeiros sobre nós mesmos e que podem limitar nossas ações. Em uma situação de luto, as crenças limitantes podem ser, por exemplo, acreditar que nunca mais será feliz sem a presença daquela pessoa que partiu. 

Ao buscar a hipnoterapia como terapia alternativa para lidar com o luto, é importante procurar um profissional qualificado e habilitado para aplicar a técnica.

Maneira simples de lidar com o luto: faça exercícios físicos.

Realizar exercícios físicos com frequência é uma ótima terapia para o luto. Ao colocar o corpo em movimento, ele ativa com mais frequência a liberação de dois neurotransmissores, a endorfina e a serotonina. Ambas são responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar e, consequentemente, pela diminuição do estresse, tensão e ansiedade. A partir de 15 minutos de exercício, o corpo já começa a liberar endorfina. Ou seja, seu corpo não precisa de práticas exaustivas e que extrapolem o seu limite para receber esse benefício.

A liberação desses neurotransmissores durante o exercício físico auxilia também em outro aspecto: a melhora da qualidade do sono, tornando-se mais relaxante. Muitas pessoas que passam pelo período de luto se queixam da dificuldade para dormir. Por isso, exercitar-se com frequência é uma prática importante e uma ótima terapia para o luto.

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Enfrentar o processo de luto é desafiador a qualquer momento, mas durante as festas de final de ano a ausência do ente querido causa muitos sentimentos de melancolia para toda a família.

O processo de luto durante as festas de final de ano.

Mais um encerramento de ano se aproxima e com ele a euforia das festas tradicionais de Natal e Ano Novo. Apesar das campanhas publicitárias de cenas de harmonia e de consumo, não podemos esquecer que um número considerável de pessoas estará vivendo a caminhada do luto. Sabemos que o luto é um processo atemporal, individual e de muito trabalho psicológico.

Festas de final de ano e luto serão diferentes no contexto da pandemia.

Durante o ano de 2021, tivemos ainda que lidar com o isolamento social proveniente da pandemia, que afastou as famílias, causando o sentimento de solidão e impotência diante de uma ameaça letal que assolou o mundo nos últimos 2 anos. 

Famílias do mundo todo perderam seus entes queridos e nem tiveram a oportunidade de se despedir como de costume. A proibição dos rituais fúnebres para evitar aglomeração e a propagação do vírus impactou o processo de luto de muitas famílias. Isso porque os rituais de despedida são fundamentais para o enlutado iniciar o período de luto e receber o apoio de familiares e amigos.

A pandemia também afetou a economia global e refletiu na queda do poder aquisitivo das famílias. Alta dos preços, inflação e desemprego gerou o stress e fadiga de adultos e adolescentes que acabam por somatizar, física e emocionalmente, muitas doenças que pedem intervenções médicas e psicológicas.

Os contrastes nas festividades de fim de ano diante do luto e a perda dos entes queridos.

A chegada do mês de dezembro e as festas de final de ano nos apresenta um enorme muro de contrastes: 

  • Alegria e tristeza:

Alegria por termos chegado até o fim do ano e a tristeza por tantas vidas perdidas e por não podermos compartilhar este momento com os que já partiram. 

  • Reencontros e ausência

Com o avanço da vacinação, estas festas de final de ano serão sinônimo de reencontros e a presença dos familiares e amigos que não víamos há muito tempo. No entanto, a ausência dos entes queridos que já partiram será impactante para muitas famílias que enfrentam o luto. 

  • Festas e solidão

Para muitos, as festas de final de ano serão celebradas em festas e comemorações com grande fartura, porém outros enfrentarão a solidão e a escassez durante o Natal e Ano Novo.

As tradições das festas de fim de ano e o enfrentamento do luto.

A tradição natalina convoca a vivência de algumas situações que são, muitas vezes, difíceis de serem administradas por quem está vivendo um luto.   

Os símbolos natalinos tais como: as árvores de Natal com estrelas, brilhos e cores, Papai Noel, anjos e presépios, que muitas vezes remetem a uma alegria de reencontros e comemoração familiar, podem ser disparadores de lembranças alegres e tristes e da constatação da ausência de um ou mais membros daquela família.

A própria reunião familiar, onde todos se encontram com abraços fraternais para a tão esperada ceia, pode ser uma cena difícil de viver, pois a falta daquela pessoa que animava e juntava o grupo fica ainda mais em evidência. 

A celebração com felicidade, com manifestações de emoções de alegria e contentamento, vai na contramão da dor do enlutado.

As festas de final de ano representam também o fechamento de um ciclo, onde comumente se deixa para trás o que passou. Para quem perdeu um ente querido é muito difícil fechar, se despedir de quem você não quer esquecer jamais.  

O início de um novo ciclo também acarreta a expectativa de planos para o próximo ano. Este passo é muito difícil para um enlutado. Projetar algo para o futuro requer entender que o ente querido que partiu está no passado e não participará dos planos. Esta percepção pode ser complexa e dolorosa para a família enlutada.

Como viver as festas de final de ano durante o processo de luto?

Nós que trabalhamos com famílias enlutadas sabemos que o Natal e as festas de final de ano nem sempre são comemorações de alegria com trocas de presentes e ceias fartas que reúnem todos os membros da família felizes e sorridentes. Separamos algumas dicas e comentários que podem ajudar a viver este período mesmo enfrentando o luto e a ausência dos entes queridos.

1 – Acolha seus sentimentos e emoções.

É essencial entender que natural e inevitavelmente serão afloradas emoções relacionadas àqueles que se fazem presentes e àqueles que já se foram de nossas vidas, deixando saudades e recordações. 

2- Faça o que for possível, independentemente das tradições.

Sendo assim, a melhor maneira de viver as festas de fim de ano durante o processo de luto é fazer o Natal possível do seu jeito, com seus limites e com suas possibilidades de passar por essa data. Acima de qualquer tradição, é importante respeitar suas emoções, pois só você sabe o que está sentindo.

3- Não se prenda às regras.

Não temos regras. A verdade é que não podemos tirar essa data do calendário e ela vai acontecer, independentemente da vontade de alguns de exterminá-la. O que podemos orientar e sinalizar para as famílias é que procurem passar esse momento da forma menos dolorida possível. 

4- Ressignifique. 

Faça com que as tradições e as repetições de anos anteriores sejam remodeladas, reformatadas e, sobretudo, ressignificadas com o que sua alma suporta e pede como aconchego, seja um sorriso tímido, uma lágrima, um silêncio ou pouca conversa.  

5- Seu luto é único e seus sentimentos também.

Não se prenda à fiscalização ou à “patrulha” do luto alheio que diz o que você tem que fazer e sentir. Isso é um desserviço que está na contramão do processo de luto. Cada um vive a perda à sua própria maneira. Tudo bem não estar bem. 

O Natal deve festejar os vivos e honrar os mortos que fazem e farão parte de nossas vidas para sempre. Assim, imaginamos que todos terão saudades nesta data, e tudo bem se você ficar triste!  Tudo bem se ficar alegre! Não tenha vergonha de suas emoções. Dê espaço aos seus sentimentos, pois você está de luto.

Suporte ao luto no Memorial Parque das Cerejeiras.

Sabemos que o processo de elaboração da perda pode ser complexo e doloroso. Por isso, estruturamos programas para, de forma gratuita, prover atenção profissional e disponibilizar informação qualificada para o processo de compreensão e aceitação da transição pessoal que representa o luto. Oferecemos palestras com profissionais da psicologia especializados em luto. Por meio de grupos de apoio ao enlutado, auxiliamos na abertura para a discussão coletiva e para a compreensão do significado da perda.  

Este texto foi desenvolvido pelo Centro de Psicologia Maiêutica em colaboração com o Cerejeiras

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